O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou oficialmente nesta sexta-feira (26) saída do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em coletiva de imprensa, afirmou a jornalistas que entregou hoje a carta de demissão, mas que seguirá no cargo na próxima semana para acompanhar entregas de obras da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, no Pará, estado de origem dele.

"Entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido [...] O presidente pediu que eu acompanhasse nas entregas das obras que vão acontecer na próxima quinta-feira, na cidade de Belém. Vou como ministro ainda", afirmou.

Decisão do União Brasil                                                                        

A demissão já era esperada após a Executiva Nacional do União Brasil aprovar, em 18 de setembro, uma resolução que determina a saída imediata de todos os filiados da legenda que ocupam postos no governo federal.

Na última sexta (19), Lula e Sabino se reuniram para discutir o assunto. Na ocasião, ficou entendido que o ministro do Turismo só deixaria o governo após a viagem do presidente a Nova York, onde o petista participou da Assembleia Geral da ONU nesta semana.

No entanto, apesar do anúncio, Sabino disse que gostaria de se manter à frente do ministério e deixou claro que vai dialogar com lideranças do União Brasil. "A minha vontade é clara, é continuar o trabalho que a gente vem fazendo", admitiu.

"Vou seguir conversando com as lideranças do meu partido, apresentando todas as razões que eu expliquei aqui pra vocês e que o presidente também falou e nós vamos continuar o diálogo", afirmou.

Agora, cabe a Lula oficializar a demissão de Sabino, que havia se licenciado do cargo de deputado federal pelo União Brasil para participar do governo. Ele tomou posse em agosto de 2023.